quarta-feira, 20 de abril de 2011

Literatura Fantástica e Rock'n'Roll em Salvador/BA

Literatura Fantástica e rock n’ roll fazem o encontro perfeito na noite do dia 20 de abril.


Em pleno teatro da Livraria Cultura, duas artes se encontram. Albarus Andreos, escritor do livro A Fome de Íbus – O Livro do Dentes-de-Sabre propõe um bate-papo sobre literatura fantástica para escritores, amantes do gênero, ou apenas curiosos. Para finalizar, a banda de rock Fridha fecha a noite com suas músicas que passeiam do gutural ao melódico e letras que inspiram a reflexão, enquanto isso, Albarus Andreos estará disponível para autografar sua obra. Uma mistura de som, poesia e mistério.





Serviço:

Bate-papo sobre Literatura Fantástica com Albarus Andreos e show da banda Fridha.

Onde: Teatro Eva Herz, Livraria Cultura
Salvador Shopping, av. Tancredo Neves
Quando: 20 de abril, 19 horas
Entrada Gratuita

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Luto pelas crianças do Rio

Dada a recente tragédia acontecida no Rio de Janeiro, com a morte de 13 crianças inocentes graças a loucura de uma pessoa mentalmente comprometida, a equipe do ЯPG є Pσєsïα vem demonstrar sua solidariedade junto aos familiares e amigos das vítimas dessa tragédia.
 
Sabemos que o Brasil é palco das mais variadas tragédias e que vitimam muitas pessoas inocentes: desastres naturais, violência urbana e rural, negligência e descaso social. Nos últimos anos a esse quadro vem se somando o aumento dos casos de violentos surtos de psicopatia, e que culminaram na atual tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira, motivo maior pelo qual reforçamos nossa solidariedade. A seguir o link da carta completa do assassino, postada pelo site G1, demonstrado o grau de sua psicopatia: http://glo.bo/eA7GVv

Essa é uma lição para aqueles que costumam ser pouco solidários com as tragédias acontecidas em outros países, e acreditavam que algo do tipo não poderia acontecer no seu quintal.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Iron Maiden - Recife

Bem, como quem frequenta este blog já deve saber, algum tempo atrás postei comentários sobre The Final Frontier, novo disco do Iron Maiden, e falei sobre minhas expectativas para o show. Vou ser direto e seco, dada minha irritação com o mesmo: a apresentação do Maiden em Recife pode ser resumida a uma palavra e essa palavra é frustração, ao menos para quem não tinha dinheiro para comprar ingressos para o front stage. Mas deixem-me explicar.

Antes de mais nada, devo dizer que a banda estava ótima. Maiden é Maiden, e me parece que a relação com os fãs se mantém a mesma.

Dito isso, minha crítica vai toda a produção do show, conduzida pela "Raio Lazer Produções", e que se destacou por um show próprio, mas nesse caso de puro e simples amadorismo, para ser gentil.

Pra começo de conversa a organização de espaços. Front Stage muito grande e esvaziado, a área da pista apertada entre equipamentos de câmeras, com um andaime colossal no meio da pista, espremendo o público, que por sua vez era tratado como gado, como um bando de animais enjaulados. Aliás, me parece que a presença muito grande da Polícia Militar e de um grande grupo de seguranças serviria somente para conter essa boiada de romper o portão.

E sim, meus amigos, foi como eu me senti, sendo tratado como um animal.

Entendo que a política porca de uso de Front Stage esteja virando modinha no Brasil, dados os interesses do nosso empresariado de visão curta em querer lucrar a qualquer custo. Mas se já acho o "front stage", com o perdão do trocadilho, uma afronta ao consumidor, o que foi feito no show do Maiden em Recife foi no mínimo uma ofensa descarada, uma tremenda falta de respeito e de vergonha na cara por parte da produção.

Não entro no mérito da divisão social que esse tipo de front stage cria, e da própria falta de respeito que isso é com fãs de artistas e músicos em geral. Me prendo somente ao que aconteceu em Recife.

Como havia dito antes: grades reforçadas com muitos guardas entre seguranças e soldados da PM, para conter a boiada, oprimida e espremida detrás das grades, enquanto uma grande área vazia próxima ao palco só fazia aumentar a revolta de quem via aquilo.

Muitas pessoas passando mal, e isso pôde ser conferido nos centros de atendimento médico, a maioria pelo simples fato de que faltava ar e espaço pra tanta gente comprimida. Vejam bem, o show ocorreu no estacionamento do Chevrolet Hall em Recife. Apesar de menor que o Jockey Club (o primeiro tem espaço para 18 mil pessoas enquanto o segundo tem espaço para 16 mil), era espaço o suficiente para o público presente. Mas faltou simplesmente organização.

A estrutura de câmeras e luzes para o show ocupava praticamente todo o espaço frontal reservado a pista comum, e encerrava exatamente na cerca que fazia a separação da área premium, o que deixava somente duas opções a quem não tinha condições de comprar ingressos da área para os "cidadãos de primeiro nível": assistir da lateral do fundão, aproveitando o show somente pelo telão, ou tentar se espremer no meio da multidão comprimida, esforçando-se no empurra-empurra, para tentar se aproximar um pouco que fosse do palco.




Por outro lado, esse "se aproximar" era algo muito relativo, pois a cerca da pista premium, do tal "front stage" fazia você parar no meio do caminho, como podem ver bem na foto acima, a grande distância que cobria a área para aqueles que podiam pagar mais. Em tempos de Restart cobrando o Kit camarim, não basta mais ser fã e chegar cedo para ficar perto do palco. Na verdade isso simplesmente não faz diferença. Você tem que ter dinheiro, ou simplesmente não tem acesso ao palco, ou na pior das hipóteses, como foi o show do Iron em Recife, é tratado como bicho.

Reforço também, outra coisa aqui: Lembram que o que eu falei sobre a grande quantidade de gente passando mal pela má organização do show? Pois bem, só tínhamos dois centros de atendimentos e duas ambulâncias móveis para atender todo esse povo. Em compensação eram 100 policiais e 300 seguranças, cujo único trabalho foi levar as pessoas que passavam mal ao atendimento, e assistir o show de lugares privilegiados. Acreditem o segurança que estava do meu lado aproveitou bem mais o show do que eu. A cerca que nos dividia fazia toda a diferença.

Quanto ao show em si, pouco pude aproveitar. Vi mais mãos e partes do show no telão do que a apresentação propriamente dita. Mas vale ressaltar o respeito da banda pelos fãs que se demonstrou claramente em um determinado momento, quando Bruce Dickinson, vocalista, ignorou "a gente da nobreza", se voltando para a multidão presa atrás da divisória, dividida em duas partes, e tentando inspirar todo esse povo conclamando a participar do show. Ou estaria o lendário vocalista a conclamar o público a destruir de uma vez por todas aquelas grades e romper a divisória? bem, isso é algo que não tenho como saber, mas admito que a dúvida persiste no ar...




Quanto a organização, segundo palavras da mesma, a mudança de espaço do show serviu para o comodismo das pessoas que frequentaria o mesmo. E sim, as pessoas de fato estavam muito bem acomodadas, afinal, estavam bem protegidas do gado preso logo atrás...mas quem se importa com o gado, não é mesmo?