segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Poema Anarquista

Belo poema postado em 23/01/2011 na comu Anarquismo, pelo perfil anônimo Poeta Livre:


Humanos cansados de lutar.
Humanos sem esperanças.
Pessoas tristes.
Glamurosas.


Homens rendidos a uma ilusão:
O mundo acaba em um presente eterno.
Esse.
Essa eterna mudança, que nunca muda.


Homens vivendo um dia de cada vez,
como se fosse alguma coisa,
como se isso significasse mais do que
"viver um dia de cada vez".


Homens desesperados.
Chorando baixo.
Mortos.
Medíocres.


Só sabem pensar que o mundo acaba agora.
Que o mundo já acabou,
que tudo morreu,
que na desgraça mórbida pode haver luz,
além do brilho viscoso de qualquer ferida.


Homens mortos dentro das próprias cabeças.
Medrosos.
Covardes.
Populares.


Desertores ou infiltrados?


Velhas forças arruinadas sussurram em meu ouvido.
Estrondos se fazem.
Sinos badalam.
Ventanias assobiam.


E eu, molhado, debaixo da tempestade final,
vejo discretamente
que apesar de débeis imaginações pós-modernas,
ainda há esperança de olhares além.
Ainda restam os anarquistas.

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