sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Poema Anarquista II

Mais um do Poeta Livre, também postada na Anarquismo em 23/01/2011:


Herdei a pobreza da minha família.
Falida há dez mil anos atrás.


Propriedade que priva. Protegida.
Sou privado.
Privada abaixo.


Trata-se de obrigar a solidariedade?
Hoje vai ter marmelada?
Não quero viver te pedindo nada.
Isso não é de vontade.
Nem de verdade.


É de mentirinha.
Não tem sangue nem nada.
Só o que passa adiante.
Manchas no chão da batalha?
Ilusão.


Porcos no chiqueiro tremem de medo.
Anarquistas estão famintos por um bom churrasco.
Churrasco de todas as privações da desigualdade opressiva.
Agressiva.


Nesse armagedom, vejo humanos se dizendo pós-tudo.
Quanta prepotência.
Mas aguardem.
Logo sentirão da nossa força, a potência.


Desertores ou infiltrados?
Seres inflamados,
defendendo a defesa de suas defesas
contra quem quer que seja.


Nem querem mais saber de solução.
Só em gozar sua ilusão,
de um mundo sem coração.
Quanta pretensão...


Mas da história não sabe o terço.
Se eu te contasse que um cachorro amigo meu foi quem teve a coragem de me latir
Ah, se eu te contasse que ele me disse:


"Correr atrás do próprio rabo
é bom pra quem tem rabo doce."


Você nem estaria aqui,
falando em nome dos nossos inimigos.
Não, nem estaria.

2 comentários:

  1. bem, quem se diz pós-tudo é digno de piada. E acho que essas palavras reflitem o que eu sinto quando discuto com uma certa galerinha sobre propriedade.....

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